O que contamina o ser humano
3(Os fariseus e todos os judeus não comem sem lavar as mãos cerimonialmente, apegando-se, assim, à tradição dos líderes religiosos.
4Quando chegam da rua, não comem sem antes se lavarem. E observam muitas outras tradições, tais como o lavar de copos, jarros e vasilhas de metal.)
5Então os fariseus e os mestres da lei perguntaram a Jesus: "Por que os seus discípulos não vivem de acordo com a tradição dos líderes religiosos, em vez de comerem o alimento com as mãos impuras?"
6Ele respondeu: "Bem profetizou Isaías acerca de vocês, hipócritas; como está escrito:
" 'Este povo me honra
com os lábios,
mas o seu coração está longe de mim.
" 'Este povo me honra
com os lábios,
mas o seu coração está longe de mim.
9E disse-lhes: "Vocês estão sempre encontrando uma boa maneira de pôr de lado os mandamentos de Deus, a fim de obedecerem às suas tradições!
10Pois Moisés disse: 'Honra teu pai e tua mãe' e 'Quem amaldiçoar seu pai ou sua mãe terá que ser executado'.
11Mas vocês afirmam que, se alguém disser a seu pai ou a sua mãe: 'Qualquer ajuda que vocês poderiam receber de mim é Corbã', isto é, uma oferta dedicada a Deus,
13Assim vocês anulam a palavra de Deus, por meio da tradição que vocês mesmos transmitiram. E fazem muitas coisas como essa".
15Não há nada fora do homem que, nele entrando, possa torná-lo impuro. Ao contrário, o que sai do homem é que o torna impuro.
18"Será que vocês também não conseguem entender?", perguntou-lhes Jesus. "Não percebem que nada que entre no homem pode torná-lo impuro?
19Porque não entra em seu coração, mas em seu estômago, sendo depois eliminado." Ao dizer isso, Jesus declarou puros todos os alimentos.
21Pois do interior do coração dos homens vêm os maus pensamentos, as imoralidades sexuais, os roubos, os homicídios, os adultérios,
22as cobiças, as maldades, o engano, a devassidão, a inveja, a calúnia, a arrogância e a insensatez.
A fé da estrangeira
24Jesus saiu daquele lugar e foi para os arredores de Tiro e de Sidom. Entrou numa casa e não queria que ninguém o soubesse; contudo, não conseguiu manter em segredo a sua presença.
25De fato, logo que ouviu falar dele, certa mulher, cuja filha estava com um espírito imundo, veio e lançou-se aos seus pés.
26A mulher era grega, siro-fenícia de origem, e rogava a Jesus que expulsasse de sua filha o demônio.
27Ele lhe disse: "Deixe que primeiro os filhos comam até se fartar; pois não é correto tirar o pão dos filhos e lançá-lo aos cachorrinhos".
28Ela respondeu: "Sim, Senhor, mas até os cachorrinhos, debaixo da mesa, comem das migalhas das crianças".
A cura do surdo-mudo
31A seguir Jesus saiu dos arredores de Tiro e atravessou Sidom, até o mar da Galileia e a região de Decápolis.
32Ali algumas pessoas lhe trouxeram um homem que era surdo e mal podia falar, suplicando que lhe impusesse as mãos.
33Depois de levá-lo à parte, longe da multidão, Jesus colocou os dedos nos ouvidos dele. Em seguida, cuspiu e tocou na língua do homem.
34Então voltou os olhos para o céu e, com um profundo suspiro, disse-lhe: "Efatá!", que significa "abra-se!"
35Com isso, os ouvidos do homem se abriram, sua língua ficou livre e ele começou a falar corretamente.
36Jesus ordenou-lhes que não o contassem a ninguém. Contudo, quanto mais ele os proibia, mais eles falavam.
37O povo ficava simplesmente maravilhado e dizia: "Ele faz tudo muito bem. Faz até o surdo ouvir e o mudo falar".
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